terça-feira, 27 de julho de 2010

Depois do arco - íris


A vida é feita de alegrias, tristezas, partidas,
reencontros, despedidas..

Na maioria das vezes nos apresenta passagens que nos impede
de realizações imediatas ,
obstáculos mesmo que julgamos intransponíveis..

Por vezes, tempestades desabam sobre a face da Terra e nas nossas vidas
sem que sequer nos tenhamos
preparado para a enxurrada
ou percebido a mudança do tempo.

Na maioria das vezes, esse fenômeno é devastador.
Avassala nossas condutas deixando-nos perdidos e sem rumo.

Tudo nesse instante tem aparência de desastre,
cheiro de imensidão e sabor de tortura.
Pode vir em forma de doenças ou acidentes,
a perda de um amigo, o desemprego,
uma discussão em família
ou o término de um amor.
As coisas vividas tomam proporções alarmantes e achamos
que esta dor nunca terá fim
Todos esses acontecimentos são importantes e fundamentais
para quem os vive.
São NOSSOS e portanto não são simples ou banais.
Hoje, no presente, adquirem proporções gigantescas,
mesmo que saibamos
que o tempo cura, suaviza e transforma.

No amanhã serão pequenininhos e até podemos
nos escandalizar de tanto sofrimento.

Constituem nossa vida e a forma com que os encaramos
determinam o seu significado e o quanto podem nos abalar.

Pessoas passam por nós, convivem e
fazem parte da nossa estória de vida.

Vivem conosco momentos únicos mas nunca eternos.
Na rotina, tornamo-nos vulneráveis
para o BEM ou para o MAL

O sentimento pode ser efêmero se o encararmos
como se fosse fugir das nossas mãos
e escoasse como uma massa de bolo por entre os dedos
mas pode se tornar intenso quando vivido em sua plenitude.

A força da união se esvai porque a destruição é rápida.
Perder é simples e depende de muito pouco.

Tendenciamos a viver o ruim de forma intensa e plena.
Cada construção é demorada e rigorosamente estudada.
Quando naufraga vira uma explosão.
Nada é levado em conta.
Apenas o momento ocorrido.
E vira todo e transforma-se no nada.

A convivência deveria ser um caminho onde
a dor adormeça e faça brotar sorrisos.

Um caminho onde o medo seja sempre vencido
e que prevaleça a serenidade

Tenho aprendido que na hora da tormenta,
não há muito a fazer
a não ser tomar consciência dela.
Deixar que a Natureza se encarregue de recolocar no lugar.
Quando parece que os céus estão desabando
sobre nossas cabeças,
podemos e devemos nos acalmar
buscando lucidez e serenidade

Sentar, olhar e aguardar tranquilamente
a tempestade passar.

Aproveitar a oportunidade para aprender e assimilar.
Não sei trazer o amor no coração sem a "presença".
Mas hoje contento-me em trazer a "ausência" no coração.

Sempre haverá um arco-íris depois de cada tormenta .
Esta é a beleza da vida.
A confiança que adquirimos no imprevisível.
Na "cura" que sempre aparece.
No sorriso que brota ao reencontrar o antigo tesouro.

Na magia de cada RECOMEÇO,
muito mais pleno, diferente e único.

Fomos programados para a felicidade.
Merecedores que somos, ela surge, logo ali,
depois do arco-íris, como um pote de ouro.